O que está acontecendo com as meninas?

19/01/2010 09:20

 

 

Elas são garotas "comuns", mas do nada, cometeram crimes gravíssimos. A equipe A.C quer saber: por quê?

 

Em março do ano passado, uma menina de 16 anos incendiou o cabelo de uma colega de escola. Em novembro de 2007, uma garota de 13 anos cortou 3 pessoas com um canivete. Dois meses antes, uma menina de 12 anos deu dois tiros na nuca o pai. Não, você não leu errado. Esses episódios são reais e bastante chocantes. Afinal, as agressoras eram meninas, que poderiam muito bem ser leitoras do Atitude Clichê. 

É preciso deixar claro que são casos isolados. Ainda assim, ver adolescentes nas páginas policiais dos jornais tem sido cada vez mais freqüente. A gente não pretende, aqui, investigar as motivações de cada crime, mas compreender o que está levando garotas aparentemente comuns a cometer atos horrendos. Encontramos em um site, uma entrevista com especialistas e até com o pai da garota que teve o cabelo queimado. Confira detalhes dos casos abaixo.

Jovem pode ter colocado fogo em colega
Depois de discutirem quase na frente do colégio onde estudam, uma menina de 16 anos tirou uma garrafa da mochila, despejou gasolina e colocou fogo no cabelo de uma colega de 14 anos. A polícia investiga as razões do crime, mas tudo indica que ele foi motivado por brigas de escola. A agressora foi encaminhada à Fundação Casa, um centro socioeducativo para adolescentes (a antiga Febem).

Garota é suspeita de esfaquear 3 em escola
Uma menina de 13 anos teria cortado dois colegas, de 13 e 11 anos, com um canivete. O crime aconteceu em uma escola de Criciúma, em Santa Catarina. A menina ainda teria atacado uma funcionária do local, que tentou impedi-la de agir. A garota disse que carregava o canivete para se defender dos colegas, que a insultavam. A infratora está sendo acompanhada por psicólogas.

Menina teria matado pai após briga
O crime aconteceu em São João do Meriti, no Rio de Janeiro. Uma menina de 12 anos deu dois tiros na nuca do pai enquanto ele dormia. A menina agiu assim porque o pai a teria colocado de castigo por ter beijado um garoto. Segundo parentes, os dois se davam bem. A menina está sob a guarda da tia. 


Por que elas agiram assim?

O mundo está pior
“Eu acho que a menina tinha inveja da minha filha. Jamais imaginei passar por uma situação dessas. Eu achava que a escola era um lugar seguro. Hoje os adolescentes brigam e no outro dia estão se matando. Alguma coisa precisa ser feita. As pessoas se preocupam muito com trabalho, muito com dinheiro, e esquecem de conversar com os filhos, de educar. A sensação que tenho é a de que o mundo está pior.” - Samuel Meniquelli, pai da menina que teve parte do corpo incendiada por uma colega

Drogas e ausência dos pais
“Casos assim sempre me assustaram e eu nunca consegui imaginar um colega fazendo algo parecido. Infelizmente, isso já aconteceu. Quando eu estava fazendo intercâmbio nos Estados Unidos, um colega esfaqueou outro na sala de aula. Essas tragédias têm ocorrido com maior freqüência, talvez por causa de drogas. Parece papo de mãe, mas acho que a presença dos pais na educação de qualquer um é importante.” - Aline Tanaka, 17, em entrevista a uma revista

A manifestação da raiva pode ser legítima
“Hoje, se vê a banalização da violência. As pessoas reagem de maneira exagerada quando estão frustradas, como no caso das meninas. Essa manifestação de raiva pode ser legítima: um pai que proíbe namoros, coloca de castigo, uma briga na escola. Pena que as conseqüências não sejam suficientes para impedir que a pessoa aja com agressividade. A sociedade aprendeu a viver com a violência e, embora a rechace, a cultiva.” - Mariângela Savóia, psicóloga do laboratório de ansiedade do Hospital das Clínicas, UFM-USP

Sem saber o que é certo e errado
“Provavelmente as meninas citadas nos casos já tiveram algum contato com violência. Parecem ser garotas que, frente a um sentimento de frustração, agem com agressividade, sem controle dos impulsos e sem a percepção do que é certo ou errado.” - Vivian Borges, professora da faculdade de psicologia da PUC-RS

Créditos: Revista Capricho

 

          Agora fica a questão:

                   Uma garota de 16 anos já não sabe o que faz?
                    Se fosse o cabelo dela queimando, ela não saberia que é errado ?

                       

E é pensando nisso que a equipe A.C quer saber o que você acha!
Use o TOPIC ao lado para dar sua opinião sobre o assunto..
Afinal: casos assim, não podem ficar no escuro!
 

 

 

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